Terça-feira, 29.10.13

Nova idade

 

Agora a idade média

É a grande sensação

Pois li na enciclopédia

Qu’estamos em evolução

 

Vai cair o nosso império

Vai dar-se uma migração

E pr’adensar o mistério

Muitos outros nascerão

 

Será o renascer das cinzas

Libertando novas culturas

Corpo e alma da revolução

 

Não choremos as ora findas

Porque das velhas agruras

Novas esperanças brotarão.

publicado por poetazarolho às 21:29 | link do post | comentar
Sábado, 26.10.13

Sabedoria ancestral

 

Na cultura oriental

O idoso é venerado

Têm prática ancestral

Nunca o põem de lado

 

É presença habitual

Em local apropriado

Ao convívio geracional

Onde deixa o seu legado

 

À mais nova geração

Passa a cultura e saber

Nesta sua idade d’ouro

 

Com esta actuação

Evita-se assim perder

Todo um imenso tesouro.

publicado por poetazarolho às 21:08 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 24.10.13

E=mc²

 

Matéria já não me sinto

Fixado no pensamento

Algo de novo pressinto

Sem ter forma de momento

 

Vagueando sem destino

À velocidade da luz

Vejo tudo pequenino

E a energia que produz

 

Uma ideia produzida

Numa mente alucinada

À parte desta sociedade

 

Pode ser esperança de vida

Mas de pronto rejeitada

Por fugir à mediocridade.

publicado por poetazarolho às 21:26 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 22.10.13

Aparência

 

Somos o que comemos

Somos o que vestimos

Somos o que vimos

Não somos só vivemos

 

Duma aparência irreal

Que nos parece imposta

E da qual não se gosta

Mas que é fundamental

 

Para que se sobreviva

Neste mundo animal

Que vive da aparência

 

Soltemos então um viva

Aparentemente é real

A aparente sobrevivência.

publicado por poetazarolho às 22:51 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 19.10.13

Duas faces

 

Deus não é património

É esperança, luz, paixão

Contraponto do demónio

Uma escolha do coração

 

Ambos em ti residem

Mas haverá de florescer

Embora ambos gravitem

Aquele que fizeres crescer

 

De pão não o alimentarás

Mas com oração sentida

Mais forte te tornarás

 

E de ti te esquecerás

Porque o mais fraco é vida

Tentado por satanás.

publicado por poetazarolho às 18:42 | link do post | comentar
Quinta-feira, 17.10.13

Tentação

 

É na alma desse texto

Ou no poema perdido

Que encontro o pretexto

Há muito desaparecido

 

E nele me transformo

Faço a viagem proposta

No final não me conformo

Se não encontro resposta

 

É que a alma encontrada

Pode ser doutra dimensão

Que mesmo interpretada

 

Fico aquém da explicação

Faço-me de novo à estrada

Novas almas me tentarão.

publicado por poetazarolho às 23:55 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Domingo, 13.10.13

Desassossego

 

O hoje já não conta

O amanhã também não

O homem é uma afronta

O que conta é a escravidão

 

A trabalhar pr’a comer

A correr no dia a dia

A ver o mês a crescer

A conta afinal vencia

 

E virá o desemprego

E mais os cortes sem fim

E a estratégia funcionou

 

Em tempo de desassossego

Queremos escravos assim

Que não digam eu não vou.

publicado por poetazarolho às 21:18 | link do post | comentar
Sexta-feira, 11.10.13

Invenção da roda

 

Um líder sem imaginação

Sem imaginação não lidera

Não é líder, é aberração

Onde a caciquagem impera

 

Promove a desmotivação

Torn’a produtividade bera

Não se é líder por função

E o ambiente não prospera

 

O contrário é criatividade

Promove-se a participação

Um pouco de austeridade

 

Vem na hora da decisão

Logo retorna a liberdade

Que um líder não é prisão.

publicado por poetazarolho às 20:42 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 09.10.13

Campo minado

 

A impotência é total

Não se avista um sinal

Contra o ataque brutal

Que destrói o social

 

Haverá uma solução

Será sem cravos na mão

A próxima revolução

Pr’a mudar de direcção

 

E assim tornar credível

País à beira mar plantado

Terra de gente honrada

 

A quem pedem o impossível

Pois não se reforma o estado

Estando a confiança minada.

publicado por poetazarolho às 21:01 | link do post | comentar
Sábado, 05.10.13

Natureza morta

 

Sim nós temos tudo

Na avenida das tílias

Contemplo e fico mudo

Esqueço até quezílias

 

E sobre nós a pairar

Amor de mãe natureza

Não canso de contemplar

Toda a imensa beleza

 

Que tem pr’a nos brindar

Imensa é sua generosidade

Mas o homem já esqueceu

 

A sua capacidade de amar

Comete tanta atrocidade

Que a sua natureza morreu.

publicado por poetazarolho às 19:46 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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