Segunda-feira, 28.09.15

In finitos

In finitos.jpg

Momentos finitos

Afastados da realidade

Pensamentos aflitos

Não conhecem verdade

 

Silenciosos gritos

Revelam ansiedade

Despertam conflitos

Longe da normalidade

 

Lá onde atónitos

Assistem à barbaridade

Meia dúzia de eruditos

 

Senhores da eternidade

Em momentos infinitos

Descodificam a humanidade.

publicado por poetazarolho às 20:59 | link do post | comentar | ver comentários (7)
Terça-feira, 22.09.15

Criança

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Acarinha essa criança

Solta, livre e a brincar

Nunca toldes a esperança

Dessa alegria a brotar

 

Delas será o futuro

Lugar comum, eu sei

Mas o diamante mais puro

É aquele que lapidarei

 

Incansável, sem cessar

Procurarei a perfeição

Atá ao limite da dor

 

O amanhã que brotar

Trabalhado à exaustão

Será resultado do amor.

publicado por poetazarolho às 22:13 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 21.09.15

Ao vento

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De palavras não passam

Soltas assim ao vento

Vida real ultrapassam

Vão cair no esquecimento

 

Suas boas intenções

Aqueceriam o inverno

Mas desfeitas as ilusões

Vão desaguar no inferno

 

É no tabuleiro da vida

Que se joga o grande jogo

Sem vislumbre de solução

 

Por cada jogada perdida

Há vidas jogadas ao fogo

Reverso da boa intenção.

publicado por poetazarolho às 23:28 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 19.09.15

Pergaminhos

Pergaminhos.jpg

Duvido da capacidade

Até do mais capacitado

Assim como da verdade

Do charlatão encartado

 

Proponho a humildade

E registo com agrado

Traços de verticalidade

Mesmo ao invertebrado

 

São bons pontos de partida

P’ra chegar a nenhum lado

Sem limitar o caminho

 

Chega-se à morte com vida

É um direito consagrado

No mais rico pergaminho.

publicado por poetazarolho às 20:35 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 17.09.15

Nossas dores

Nossas dores.jpg

Outro mundo se levanta

Em forma de indiferença

O papão que se agiganta

Não tem a ver com crença

 

Tem sim a ver com a dor

Ser a do vizinho do lado

Portanto o seu clamor

É p’los outros ignorado

 

Um dia se a dor fôr nossa

E o vizinho tiver partido

Então partiremos também

 

Pois um por muito que possa

Se está sozinho e condoído

Busca o outro mais além.

publicado por poetazarolho às 22:54 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 16.09.15

Avoari

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Avoari e avoando

Um passarinho qualqueri

Estava ê olhando

Pra ti linda mulheri

 

E eis-me senã quando

Isto mesmo sem quereri

O passarinho cagando

Logo me veio acertari

 

Co sê excremento, o malandro

E ê havera de me jangari

Mas foi tali a rapidez

 

Que mesmo rápido olhando

Já nã o vi a avoari

E tê rasto perdi-o de vez.

publicado por poetazarolho às 22:03 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Limites

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Competência incompetente

Como linearidade circular

Contentamento descontente

Como alguém ousou pensar

 

Já não pensa linearmente

Já não sabe o que ousar

Já não se sente competente

Já se consegue contentar

 

Com a mediocridade vigente

Pois mais não vê alcançar

Toda esta limitada gente

 

Manda vir uma aguardente

Sentado à mesa num bar

Não pensa, não sabe, não sente.

publicado por poetazarolho às 00:45 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 14.09.15

Sem saber

Sem saber.jpg

 

 Eu que escrevo sem saber

Já nem sei porque escrevo

Talvez seja p’ra não me perder

Ou estar perdido e não devo

 

Perdido numa selva imensa

De rimas, vogais, consoantes

Atacado de forma intensa

Por estes sons dissonantes

 

E por não saber escrever

É que impera a dissonância

Em palavras por mim coladas

 

Mas já não quero aprender

Fico p’la minha irrelevância

Entre rimas assim baralhadas.

publicado por poetazarolho às 22:30 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 12.09.15

Em nome da rosa

Em nome da rosa.jpg

Simples mortal me confesso

Sem pretensão a mais nada

Busco somente o processo

Para a vida vaticinada

 

Sem almejar o sucesso

Numa vida alienada

Vendida ao pseudo progresso

Onde a alma é cartonada

 

Onde o diamante importa

E o ouro é fundamental

P’rá aparência fulgurosa

 

A minha pode ser torta

Por ser dum simples mortal

Mas é-o em nome da rosa.

publicado por poetazarolho às 00:08 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 10.09.15

Turbilhão

Turbilhão.jpg

Humanidade arrastada

E do turbilhão à mercê

Logo agora que tudo vê

Logo agora não sabe nada

 

Quando tudo já se prevê

É com tudo confrontada

Logo agora está atolada

Nela própria não se revê

 

Vê-se assim despedaçada

Com sua voz embargada

Já sem pingo de paixão

 

Quando da nova alvorada

Poderia sair reforçada

É que a deitaram ao chão.

publicado por poetazarolho às 21:59 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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