Segunda-feira, 24.10.16

No Yazidi village

No Yazidi village.jpg

Toda a realidade existe

Desde o amor flamejante

Até ao extremo mais triste

Onde a munição tracejante

 

Faz traços com intenção

Num povo que não reside

Por lhe negarem nação

É escorraçado, é Yazidi

 

Nómadas por imposição

São unos e com valores

Mas fogem da munição

 

Que lhes impõe horrores

Lhes traceja o coração

E somos só espectadores ?

publicado por poetazarolho às 23:44 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quarta-feira, 19.10.16

ONUses e obuses

ONUses e obuses.jpg

Quanta cinza, quanta chama

No horizonte devastado

Não s’escuta quem clama

Com o coração destroçado

 

Mas da assembleia emana

Um parecer recatado

Não de forma leviana

As nações mandam recado

 

Mas lá cai muito obus

Dia a dia é morteirada

Pequeno-almoço dos tristes

 

Que o conforto reduz

Mas aqui não se ouve nada

E tu nada sequer vistes.

publicado por poetazarolho às 06:45 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 17.10.16

Penses ou não

Penses ou não.jpg

Eu pensava não existir

Mas se penso logo existo

Ainda hei-de conseguir

Achar a solução p’ra isto

 

E se penso não pensar

É o pensamento a vencer

Pois não se deixa matar

Mesmo sendo eu a querer

 

Como justificar então

Razão p’rá não existência

Com o pensamento a ecoar

 

É simples a justificação

Sendo física a ausência

Pensamento teima em ficar.

publicado por poetazarolho às 23:50 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 12.10.16

Gravitamos

Gravitamos.jpg

Sob o manto da verdade

Tudo se pode esconder

Em doses de crueldade

Que todos fingem não ver

 

Chegados à atrocidade

Fazemos por não perceber

Branqueia-se tod’a maldade

Neste universo a ferver

 

Onde gravita poeira

Que chamam humanidade

Sem humanidade ter

 

E a humanidade inteira

Assiste com passividade

Por humanidade não ser.

publicado por poetazarolho às 23:26 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 10.10.16

Sinopse da revolução

Sinopse da revolução.jpg

Esperança baleada

Mas nada subsistia

Continuou p’la calada

Onde nada resistia

 

Em plena madrugada

Nada não se extinguia

Depois já feito em nada

Tudo num instante eclodia

 

Tudo foi uma promessa

Sem a substância moral

Pois aos homens pertenceu

 

Tudo desvaneceu depressa

Sem que nada fosse igual

E tudo depressa morreu.

publicado por poetazarolho às 23:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 07.10.16

Convulsão

Convulsão.jpg

E a vida não termina

A cada passo infinito

Sendo vida que germina

Ao escutar-se cada grito

 

A preto e branco colorida

Anda ainda em convulsão

Outras côres terá a vida

Mas aguarda a decisão

 

É assunto primordial

Não pode ser decidido

Por humana consciência

 

Sendo a vida universal

O tribunal incumbido

Está acima da existência.

publicado por poetazarolho às 00:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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