No cume... das burocracias!
Já vivo em câmara-lenta...
De outra forma já não posso!
Nem tempo se me acrescenta,
Nem rindo, eu saio do "fosso"!
Pairo entre as burocracias
Dos balcões de atendimento
E uso "palavras vazias"
Pr`a pedir diferimento...
Mais lento... não sei que seja!
Depois... há sempre uma falha,
Um errozito qualquer
("Gralhita" que mal se veja
nunca deixou de ser gralha
por estar sempre a acontecer...)
Maria João
Aqui vai, Poeta, profundamente embebido da "desinspirante" burocracia que me tem "envolvido" ultimamente... mas com o abraço do costume!
EU, NUNCA TAL PENSEI!
Sempre, os que me rodeavam,
Disseram não ser ser assim
Pois sabiam que pensavam
Os melros do meu jardim
E até os gatos que andavam
Por lá, fazendo um chinfrim,
Nunca eu duvidei que amavam
Porque gostavam de mim!
Meu avô, meu pai, essoutra
Mulher cultaa, esclarecida
E acima de todos, douta
Que era a mãe do meu paizinho,
Tudo sabia da vida
Que há em cada animalzinho...
Maria João
Eheheheh... tive a sorte de nascer no seio de duas famílias - paterna e materna - que eram "precursoras" no que respeita aos direitos dos animais... era "gente muito avançada" para a época, penso eu. Teorias sobre a inteligência e sensibilidade dos animais não humanos - sem dúvida realidades em que ninguém reparava... - que só nos dias de hoje começam a expressar-se mais abertamente, eram, para mim, "o pão nosso de cada dia", desde que me lembro de ser eu. Mas os animais nunca foram por nós "humanizados à força"... todos tínhamos uma saudável ideia do que era a "dignidade" de uma espécie... e também sabíamos respeitá-la.
Obrigada por este delicioso sonetilho, amigo Eduardo!
Abraço grande para si e Maria dos Anjos!