Pintura a fogo
Fica de negro manchado
Com vermelho à mistura
Todo o país queimado
Enquanto o verão dura
Mas o outono chegado
Logo tudo é esquecido
Com o discurso pintado
Nem parece ter ardido
A culpa morre solteira
Para no verão surgir
Com a cara lavada
Fogo volta a consumir
Essa esperança renovada
Em algo que não há-de vir.