Ao som da orquestra
Orquestra continua a tocar
No centro da bela Europa
Sente-se a água a entrar
Mas a orquestra toca e toca
Em redor já ninguém escuta
Ouvem-se gritos d’aflição
Há ratazanas em disputa
Por um lugar de afirmação
Quem pôde o colete vestiu
E um lugar no bote ocupou
Quem não morreu afogado
Viveu um pouco mais e sentiu
Que a gula não compensou
Pois acabou por morrer gelado.