Festejar a crise
Se é de crise que se trata
Então vamos festejar
Que a crise não mata
Este povo que é do mar
Um povo de marinheiros
A quem sempre ouvi cantar
Não seremos os primeiros
Com uma crise a lamentar
Venha de lá o espumante
Saltem rolhas de cortiça
Não deixem os copos vazar
Um povo assim esfuziante
Pode até dar-se à preguiça
Que a crise há-de passar.