Sexta-feira, 30.11.12

Festejar a crise

 

Se é de crise que se trata

Então vamos festejar

Que a crise não mata

Este povo que é do mar

 

Um povo de marinheiros

A quem sempre ouvi cantar

Não seremos os primeiros

Com uma crise a lamentar

 

Venha de lá o espumante

Saltem rolhas de cortiça

Não deixem os copos vazar

 

Um povo assim esfuziante

Pode até dar-se à preguiça

Que a crise há-de passar.

publicado por poetazarolho às 20:37 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quarta-feira, 28.11.12

Tanta coisa e nada

 

Há tanta coisa e nada

Nessa existência fútil

Ao longo da caminhada

Talvez pudesses ser útil

 

Se a nada dás atenção

Tanta coisa te consome

Se entras no turbilhão

Nem te dás conta da fome

 

Que sabemos não existe

Nos corredores do poder

Ou na propaganda barata

 

E se há quem não desiste

Há também quem deixe de ser

Ao descobrir que a fome mata.

publicado por poetazarolho às 21:21 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 26.11.12

Nova bandeira

 

O caminho alternativo

Leva-te a outro destino

Será por esse motivo

Tua bandeira e teu hino

 

Que os caminhos actuais

Só prometem destruição

Não serão por onde vais

Em busca da evolução

 

Mas p’ra que não esqueças

O caminho d’alternância

Esse cheio de promessas

 

Dum futuro de abundância

É um caminho às avessas

Que só serve a militância.

publicado por poetazarolho às 19:39 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 25.11.12

Mundo errado

 

Anda louco o mundo

Só eu é que estou são

Anda também imundo

Apenas eu é que não

 

Então não serei daqui

Ou não serei de agora

Mas antes eu não vivi

Será esta a minha hora

 

Que fazer para mudar

Será que mudarei eu

Ou o mundo mudará

 

Não estarei p’ra elucidar

Este mundo não é o meu

Afinal não era de cá.

publicado por poetazarolho às 19:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 24.11.12

Outra revolução

 

Este mundo proscrito

É mundo que não avança

O futuro não está escrito

Nem prometida esperança

 

Dum passado de evolução

Ao presente envenenado

Oferecem-te a desilusão

E este mundo estagnado

 

Não te oferecem opção

Mas ficarás resignado?

Ou a resposta será não

 

Não quero ser violentado,

Respondes com revolução

Mas sem o cravo encarnado.

publicado por poetazarolho às 00:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 21.11.12

Pátria sem pão

 

A tua pátria é a língua

Pois rasga o dicionário

A pátria está à míngua

Não te paga o salário

 

P’ra que possas ter pão

Não te paga a saúde

Não te paga a educação

Não te paga mas ilude

 

Com um futuro melhor

Depois de cavar o fosso

Vês-te nessa aflição

 

Não podia ser pior

Pois exige o teu esforço

Sem apresentar solução.

publicado por poetazarolho às 23:29 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 19.11.12

Aguenta povo

 

Deus Neptuno avaliou

O capitão descansou

A nau não afundou

Às dezoito comunicou

 

Este é o rumo actual

Do país que é Portugal

O povo vai passar mal

Aguentará o temporal?

 

Depois teremos bonança

Num tempo que sei virá

Tão longe que o não vejo

 

Não morre a esperança

E este povo resistirá?

Não sei! Fica o desejo.

publicado por poetazarolho às 19:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 17.11.12

Gente a mais

 

Tod’a gente diz basta

É basta deste turbilhão

Mas o turbilhão alastra

E alastra a mais dum milhão

 

Esse milhão faz contraste

Um contraste bem forte

Tão forte que já me levaste

Sim levaste tu ó morte

 

Não a morte cerebral

Mas cerebral este sistema

Um sistema deprimente

 

Tão deprimente como fatal

Ser fatal não é problema

Esse problema é a gente.

publicado por poetazarolho às 19:00 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 15.11.12

Animal imperfeito

 

Estamos só mal acabados

É verdade agora e aqui

Mas também escavacados

Como imaginava Dali

 

Vazios de revolução

Vazios de novas ideias

Sempre em desconstrução

Nas inconscientes boleias

 

Desde o vazio perfeito

Ao pleno conflito moral

Em ambígua contradição

 

Homem, animal imperfeito

Abraçando o bem e o mal

Vejo em Dali a evolução.

publicado por poetazarolho às 21:09 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 13.11.12

Elite ofuscada

 

O direito à indignação

É um direito universal

Quer te indignes ou não

Tenta cumprir Portugal

 

Filho que és da nação

Evita fazer-lhe mal

Bem basta a provocação

Deste momento actual

 

Em que a elite ofuscada

Pelos desmandos da troika

Carregada de optimismo

 

Não se indigna com nada

E empurra a nação heróica

Em direcção ao abismo.

publicado por poetazarolho às 22:42 | link do post | comentar | ver comentários (2)

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