Sábado, 28.09.13

Livre prisioneiro

 

A liberdade nesta vida

É coisa do outro mundo

Raro por nós decidida

Presos a cada segundo

 

Àquilo que não temos

Mas representa felicidade

Não temos entristecemos

Sermos não é prioridade

 

Nesta gaiola dourada

Que nos rouba a liberdade

Ser ou não ser não é questão

 

Mas o ter não vale nada

Ilusão desta sociedade

Que se transforma em prisão.

publicado por poetazarolho às 23:19 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 26.09.13

Outros clarões

 

E se não encontro nada

Continuo o meu caminho

Não afrouxo a passada

Sei que não estou sozinho

 

Escuto a noite cantada

Recebo algum carinho

Ao som duma guitarrada

Detenho-me um bocadinho

 

Observo esses clarões

Que da noite se apoderam

Mas não sinto temor

 

São assim alguns serões

Onde as rosas imperam

Onde impera o amor.

publicado por poetazarolho às 22:35 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 17.09.13

Voar

 

Salto no desconhecido

Desse prisma fascinante

Parece-me ter ouvido

Uma batida exuberante

 

DJ Ride prometido

Em que nada é constante

Se o salto foi cumprido

Tudo fica a montante

 

Muitos saltos faltarão

Pr’a atingir algo diferente

À origem voltarão

 

Depois de abrir a mente

E só alguns voarão

Saltar não é suficiente.

publicado por poetazarolho às 21:10 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 16.09.13

Coisa simples

 

A perfeição lapidada

Assume a simplicidade

Duma carícia pensada

Da nota que sem veleidade

 

Em música é transformada

E assim nos enche a alma

Sempre surgida do nada

Na quietude da tarde calma

 

Vale muito mais que ouro

Coisa simples sem cotação

Surgindo sem ser pensada

 

Quase sempre um tesouro

Que brota do coração

Iluminado a caminhada.

publicado por poetazarolho às 00:34 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Sexta-feira, 13.09.13

Pintura a sangue

 

Um dia o dia chegará

De uma terra diferente

Em que a guerra acabará

Não perecerá mais gente

 

Sangue não mais pintará

Outra tela deprimente

Lado humano vencerá

O outro que indiferente

 

Mata apenas pl´o prazer

Que sente ao contabilizar

A riqueza acumulada

 

Nesse dia irá perceber

Quando a tela contemplar

Que a matança foi escusada.

publicado por poetazarolho às 01:33 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 10.09.13

Ti Jacinto

 

Mundo em câmara lenta

Surge após o crescimento

Só um alentejano aguenta

Este brusco decremento

 

Vamos voltar a cantar

Aquele cante sincopado

E depois vamos jantar

Um borrego bem regado

 

Na tasca do Ti Jacinto

Da adega vem o tinto

E o branquinho também

 

A seguir eu não desminto

Já me estou sentindo bem

Ou vendo bem já não sinto.

publicado por poetazarolho às 21:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 08.09.13

Filosofias

 

Sociedade da especialização

Põe o mundo alienado

Pr’além da complicação

Vejo mesmo aqui ao lado

 

Nascer uma conspiração

Mas o filósofo inspirado

Saca da sua explicação

Decompõe cada bocado

 

Dessa mesma realidade

Tenta convencer a gente

Que o caminho traçado

 

É a mais pura verdade

Mas sê-lo-á realmente,

Ou o filósofo foi comprado?

publicado por poetazarolho às 00:13 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 05.09.13

Cais

 

 

Emigrante ao emigrar

Deixa ficar a saudade

O viajante ao viajar

Busca a universalidade

 

E passante ao passar

Colecciona intensidade

O que decide ficar

Sente a sua afinidade

 

Existe tanto lugar

Que na busca incessante

Podes nunca encontrar

 

Um que seja relevante

Mas podes sem procurar

Encontrar um deslumbrante.

publicado por poetazarolho às 20:07 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 03.09.13

Pintura a fogo

 

Fica de negro manchado

Com vermelho à mistura

Todo o país queimado

Enquanto o verão dura

 

Mas o outono chegado

Logo tudo é esquecido

Com o discurso pintado

Nem parece ter ardido

 

A culpa morre solteira

Para no verão surgir

Com a cara lavada

 

Fogo volta a consumir

Essa esperança renovada

Em algo que não há-de vir.

publicado por poetazarolho às 23:26 | link do post | comentar
Domingo, 01.09.13

Palavra de escuteiro

 

São correntes de amor

Neste mar d’esperança

Os lobitos com fervor

Representam a mudança

 

Sementes darão flôr

A tempestade avança

Desagua em explorador

Mesmo na insegurança

 

Chegará a pioneiro

Moldada a confiança

Tornar-se-á caminheiro

 

Surgirá então bonança

Palavra de escuteiro

E o homem novo alcança.

publicado por poetazarolho às 15:23 | link do post | comentar

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