Quinta-feira, 30.01.14

Grito da humanidade

 

Sentido desta mudança

Tritura a humanidade

Está a matar a esperança

Bombardeia a liberdade

 

Inquina a democracia

Imprime a alienação

Promove a iliteracia

Destrói a imaginação

 

O futuro vê-se aflito

Em função deste presente

Fazendo juz ao passado

 

Humanidade solta um grito

Anseia por algo diferente

Quer o futuro mudado.

publicado por poetazarolho às 23:16 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 28.01.14

Esboço em ti

 

A quem o poema fala

Dá o mote p’ra ser feliz

Se o poema em ti se cala

Então aí encontrou a raíz

 

Donde floresce bom fruto

Donde é música a nascer

Donde brota a cada minuto

Aquilo qu’essa alma quiser

 

E assim algo recomeça

Em cada instante é passado

Futuro da presente inspiração

 

Não sai a metro ou à peça

Sai sim a ouro debruado

Esse esboço doutra dimensão.

publicado por poetazarolho às 23:12 | link do post | comentar
Segunda-feira, 27.01.14

Desagregação

 

Holocausto é recordação

Para nunca mais esquecer

Porque aqui a situação

Já começou a aquecer

 

Parece uma contradição

O extremismo a crescer

E dentro de cada nação

Xenofobia a florescer

 

A construcção solidária

Deu sinais de querer ruir

Numa Europa de desunião

 

Com uma política sectária

Nunca mais se irá unir

É o início da desagregação.

publicado por poetazarolho às 23:36 | link do post | comentar
Sexta-feira, 24.01.14

Seita de lacaios

 

Fujamos a ser o lacaio

Que não procura resposta

Façamos um novo ensaio

Sobre a cegueira imposta

 

Procuremos outra visão

Desta verdade absoluta

Aprendamos a dizer não

Duma forma resoluta

 

Verdade desmascarada

Irá sentir de antemão

Nova verdade que espreita

 

Só assim será alterada

Esta nossa condição

De lacaios desta seita.

publicado por poetazarolho às 20:38 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 21.01.14

Existências

 

Se penso logo existo

Nesta existência fugaz

Mesmo assim não desisto

De mostrar que sou capaz

 

De pensar mais além

Não apenas no umbigo

Vendo no outro também

Muito mais que um amigo

 

Olhando-o como irmão

Dando-me sem exigir

Recompensa material

 

Assim muitos pensarão

Mesmo além de existir

Na sua existência carnal.

publicado por poetazarolho às 22:55 | link do post | comentar
Segunda-feira, 20.01.14

Outro fado

 

Ser humano deveria ser

Património da humanidade

Mas continua a perecer

Vergonha desta sociedade

 

Que o não sabe merecer

Mas ao fado dá prioridade

Acabando por lhe conceder

Estatuto de boa vontade

 

E é este o nosso fado

Cantado com sentimento

Que nos toca o coração

 

Temos o destino marcado

Não temos reconhecimento

Nem somos património não.

publicado por poetazarolho às 23:41 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 18.01.14

Corolário

 

Libertar da lei da morte

Não conseguimos em vida

Esta é a nossa pouca sorte

E a pena foi decidida

 

A morte já foi proposta

E a cada segundo que passa

Aguardamos a resposta

Que a vida é uma ameaça

 

Num futuro bem presente

O mundo será governado

Por seres sem consciência

 

E quem ficar descontente

Depressa será libertado

De toda a sua existência.

publicado por poetazarolho às 00:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quarta-feira, 15.01.14

Imaginação II

 

Eternamente não existe

Nem sequer a eternidade

Como infinitamente triste

É triste sem ser infinidade

 

Mas aquilo que afirmo

Pode o seu contrário ser

A eternidade confirmo

E o finito deixa de se ver

 

É finita a compreensão

Imaginação pl’o contrário

Pode a eternidade imaginar

 

Deixemos que a imaginação

Construa o nosso imaginário

Onde nada se possa castrar.

publicado por poetazarolho às 20:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 13.01.14

Irracionais

 

Extrema complexidade

Tem a realidade social

E para dizer a verdade

Nem me parece real

 

Que haja necessidade

De utilizar um arsenal

Provocar mortandade

Humanidade está mal

 

Sempre em busca de mais

Numa loucura deprimente

Desprezando os sinais

 

De que se encontra doente

Somos seres irracionais

De irracionalidade crescente.

publicado por poetazarolho às 22:01 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 12.01.14

Estatística do amor

 

O INE vai publicar

A estatística do amor

Pr’a podermos comparar

Com a face do terror

 

Da economia à solta

Que mata a vida humana

Será que o amor volta

À nossa vida mundana

 

Ou seguimos a direcção

Que tem sido apontada

Persistindo na destruição

 

Donde não sobrará nada

Aguardemos a conclusão

Em breve será publicada.

publicado por poetazarolho às 03:14 | link do post | comentar | ver comentários (7)

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