Terça-feira, 29.04.14

Destino canção

 

Meu destino é canção

Pelas sereias cantado

E na linha duma mão

Vem a letra desse fado

 

No azul do firmamento

Completa-se a poesia

Estrela d’encantamento

Será meu destino um dia

 

Para sempre emitirá

Seus raios de luz e côr

E alguns se lembrarão

 

Que um dia andou por cá

Desta canção o autor

Qu’outros tantos cantarão.

publicado por poetazarolho às 22:08 | link do post | comentar | ver comentários (4)

Ideias assassinadas

 

As ideias assassinadas

Deixam o mundo cinzento

Parece que foram cortadas

As raízes ao pensamento

 

Não há machado que corte

Disse um dia uma canção

Da canção chegou a morte

Não era mais que ilusão

 

Transformada em realidade

Como quem a alma retrata

Desta humanidade ao acaso

 

Com traços de genialidade

Tal qual pintura abstracta

De Miró, Dali ou Picasso.

publicado por poetazarolho às 00:13 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Sábado, 26.04.14

Poema regressado

 

Eu estou aprisionado

Neste mundo exterior

Sou poema amordaçado

Que não liberta a dor

 

Por vezes atormentado

Procuro-me recompor

Outras vezes desgastado

Sinto um leve torpor

 

Nas sílabas enredado

Solto às vezes um clamor

Em palavras mastigado

 

Luto p’ra ser libertado

Volto ao mundo interior

Sou poema regressado.

publicado por poetazarolho às 16:09 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 24.04.14

Nova face

 

E Abril aconteceu

Não mais fomos gado

Nesse tempo pereceu

Povo a fogo marcado

 

Sonho mais alto nasceu

Da espingarda dum soldado

E a ilusão obedeceu

Pobre povo esfomeado

 

De justiça e liberdade,

Pelas ruas da cidade

A enchente aconteceu

 

Misto de alegria e ansiedade

Espelho da nova verdade

Nova face à ilusão deu.

publicado por poetazarolho às 22:13 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Domingo, 20.04.14

Revolução em saldo

 

Longa noite madrugada

Marcham já na avenida

Veio o hino pela calada

Surge a coluna decidida

 

São chaimites e soldados

Sob comando dum capitão

Muitos anos amordaçados

Fez despontar a revolução

 

E o povo saiu à rua

Gritando a pleno pulmão

Jamais seria vencido

 

Mas para tristeza sua

Ouve outra evolução

E acabou por ser vendido.

publicado por poetazarolho às 02:04 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Domingo, 06.04.14

Poesia em cacos

 

Ideias amordaçadas

Como presas em rede

Letras são atiradas

Como barro à parede

 

Sílabas amaldiçoadas

Parece uma contradição

Palavras escaqueiradas

Confirmam a maldição

 

Estrofes estão coladas

Mas até parece que não

Tantos são os buracos

 

Ao longo destas estradas

Merece um buzinão

Esta poesia em cacos.

publicado por poetazarolho às 23:43 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 05.04.14

Mea culpa

 

https://www.youtube.com/watch?v=S1J6TFHCevg

 

Todos temos a culpa

Ninguém se pode alhear

De pouco serve a desculpa

Depois de vermos matar

 

Deve fazer-se p’la vida

Entregando-lhe dignidade

Mas de forma decidida

E com amor à verdade

 

Transformar o que é imundo

Tem que ser a nossa visão

Mas só sentido bem fundo

 

As chagas de um irmão

Poderemos mudar o mundo

Embora digam que não.

publicado por poetazarolho às 23:14 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 03.04.14

Das leis...

 

Da lei da morte

Com alguma sorte

Da lei da vida

Não está decidida

 

Da lei da humanidade

Será a fraternidade

Das leis mesquinhas

Não são as minhas

 

Da lei dos poderes

Tens teus saberes

Da lei do universo

 

Onde tudo é reverso

Da lei derradeira

Que é a primeira.

publicado por poetazarolho às 17:04 | link do post | comentar | ver comentários (5)

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