Quarta-feira, 26.11.14

Remédio santo

Remédio santo.jpg

O marquês no labirinto

Da nossa triste agonia

Qu'o povo anda faminto

Anseia p'la democracia

 

Quarent'anos estropiada

Neste nosso lodaçal

Onde já não sobra nada

Nem justiça social

 

P'ra tudo estar terminado

Só vejo uma solução

Remédio santo administrar

 

Ou usar o apito dourado

E dar ordem de expulsão

A quem andou a governar.

publicado por poetazarolho às 01:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sexta-feira, 21.11.14

Sambar e lutar

Sambar e lutar.jpg

Vida e tu, uma só

Passam a par e passo

Com as outras dar o nó

Ocupar um só espaço

 

O espaço da amizade

Da partilha e do querer

Alcançar a felicidade

Mesmo que seja a sofrer

 

Dançar se fôr p'ra dançar

No dias de festividade

Ajudar se fôr p'ra ajudar

 

Dando asas à bondade

Mas sobretudo lutar

Por dar asas à vontade.

publicado por poetazarolho às 23:54 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 19.11.14

Felicidade

Felicidade.jpg

Ser feliz em Nova Iorque

Ou ser feliz no Alentejo

Feliz mesmo qu'emborque

Toda a que não desejo

 

Ser feliz em Veneza

Ou ser feliz na Comporta

Feliz por estar à mesa

E ouvir-te bater à porta

 

Necessidade assim quis

Esta feliz ambiguidade

Pois não sendo infeliz

 

Feliz em qualquer cidade

E mais feliz que ser feliz

É conseguir dar felicidade.

publicado por poetazarolho às 20:22 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 15.11.14

Nossas mãos

Nossas mãos.jpg

Sofrimento inivsível

Radar da humanidade

Pior seria impossível

Triste foto na cidade

 

No luxo das avenidas

As vitrinas da vaidade

Vidas de alma despidas

Vestidas de insanidade

 

Em troca duma ilusão

Felicidade é tocada

Como bolha de sabão

 

São mil bocados de nada

Que te rebentam na mão

Deixando-a ensanguentada.

publicado por poetazarolho às 19:49 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 09.11.14

Concentrados

Concentrados.jpg

O trabalho liberta

É peso na consciência

Dessa nazi eficiência

E a consciência desperta

 

Para uma grade aberta

Profanada na aparência

Intocada na reminiscência

Mais um peso que aperta

 

Aqueles que agarrados

Estrangulam a liberdade

Silenciam canções d'amor

 

Ouço marchar soldados

Humilhando a humanidade

Nesse seu quadro de horror.

publicado por poetazarolho às 19:42 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 04.11.14

Zé sai de fininho

Zé sai de fininho.jpg

Realidade são os pés

Conduzem o caminhar

Tu és cego se não vês

Onde te querem levar

 

Anda tudo a pontapé

Ao murro e à canelada

Saco de pancada é o Zé

Mesmo sem culpa de nada

 

Mas que triste situação

Invadiu nossa existência

Mete os pés ao caminho

 

Abraçaste a revolução

Símbolo da resistência

Não resistes Zé Povinho.

publicado por poetazarolho às 23:07 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Domingo, 02.11.14

Sorridente

Sorridente.jpg

Estar morto é o contrário

De estar vivo boa gente

Existindo muito armário

Com esqueletos certamente

 

Estar morto é um jeito

De poder escapar à vida

Como nem tudo é perfeito

Voltas à casa da partida

 

Onde o pó sempre existiu

Te olham com desconfiança

Por te ver assim sorridente

 

Quem de lá nunca partiu

Não sentiu sequer mudança

Por ter estado sempre ausente.

publicado por poetazarolho às 18:47 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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