Sábado, 30.01.16

Assumidamente louco

Assumidamente louco.jpg

Assumidamente louco

Esta é a minha verdade

Que a sanidade é pouco

Pr’entender a realidade

 

Com esta loucura invoco

As forças dum outro eu

P’ra que se juntem em bloco

Neste ser que se transcendeu

 

Ao tornar-se loucamente são

Em apelo à loucura vigente

Tentando reverter a situação

 

Dos loucos que já o não são

Só pode ser gente doente

Pois sanidade não é solução

publicado por poetazarolho às 23:55 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Quinta-feira, 28.01.16

Navegar

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Espaço de liberdade

Neste mundo surreal

Não existe na verdade

A não ser o virtual

 

Eco da cumplicidade

Reflectida no mural

Espelha a capacidade

Da tua própria moral

 

Ou cospe atrocidade

Se de mal impregnado

Imagem esta afinal

 

Duma sociedade plural

Com destino acorrentado

Ao cais da diversidade.

publicado por poetazarolho às 00:06 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 24.01.16

Allways smile

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Não me apraz ser sério

Rio-me mesmo de mim

Para muitos um mistério

Mas que querem sou assim

 

E só sei que nada sei

Mesmo pouco sabendo

Em terra de cegos é rei

Quem tem um olho vendo

 

Não aspiro a tal posição

Serei servo até morrer

Esta é a minha missão

 

Rir até sem perceber

Muitas vezes a razão

Muitas vezes sem saber.

publicado por poetazarolho às 23:41 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 23.01.16

Rasgar horizontes

Rasgar horizontes.jpg

A membrana da loucura

É como a da castidade

Preserva enquanto não fura

Um estado de sanidade

 

Mas uma vez perfurada

Penetras num mundo diferente

Onde existe a capacidade

Duma gestação permanente

 

Esta é a fonte da vida

Só por alguns explorada

Uma porta indefinida

 

A sete chaves fechada

Se controlas essa ferida

Loucura foi desvendada.

publicado por poetazarolho às 00:13 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Quarta-feira, 20.01.16

Alinhados

Alinhados.jpg

Morrer por aquele irmão

É um imperativo de vida

Ir muito além da razão

Mas de forma decidida

 

O carácter e a coragem

Não se medem aos palmos

Contra actos de vilanagem

Não nos basta ler os salmos

 

Agir quando é preciso

Dando exemplo ao mundo

Marcado pela indiferença

 

Sem contas ao prejuízo

Com um desejo profundo

Mesmo morto ser presença.

publicado por poetazarolho às 06:59 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 12.01.16

Estão gastas

Palavras gastas.jpg

Palavra do outro ouvir

Foi chão que uvas deu

Deixem-me antes dormir

Aqui nas asas de Morfeu

 

Sempre ouvi a lengalenga

Até que o fusível queimou

Levem daqui a moenga

Discurso e quem o botou

 

Tragam as palavras novas

Que as imagens releguem

P’ra um plano secundário

 

Palavras gastas não aprovas

A não ser que elas neguem

A mentira e o seu contrário.

publicado por poetazarolho às 00:41 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 07.01.16

Roma já está a arder

Roma já está a arder.jpg

Em Roma sê romano

Mesmo que esteja a arder

É próprio do ser humano

Com o fogo conviver

 

O mundo está no mundo

Muitas vezes sem pensar

Mas não parece fecundo

Este seu modo de estar

 

A cada um sua acção

A cada um seu veneno

São as prestações a pagar

 

Num mundo de contradição

Quis ser grande é pequeno

Quis viver vai-se matar.

publicado por poetazarolho às 23:27 | link do post | comentar | ver comentários (6)

Poema de má vida

Poema de má vida.jpg

As palavras andam loucas

Fugiram p’ra parte incerta

Só sobraram umas poucas

E o poema não desperta

 

Tornou-se inconveniente

De carácter desprovido

Chega a ser um insolente

Pois de palavras despido

 

Ficando nu e à mercê

Do calão que o assaltará

Sendo pobre e mal parecido

 

E desta forma logo se vê

Que este poema nascerá

Assim da má vida parido.

publicado por poetazarolho às 00:35 | link do post | comentar | ver comentários (5)

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