Sábado, 28.01.17

Diversidade

Diversidade.jpg

A mente tem um recanto

Cinco, oito, nove, dez

Todos locais de espanto

Onde voltas a cada vez

 

Desligas duma realidade

Entrecruzas outras tantas

Para reforçar a veracidade

A cada uma te espantas

 

Somos um, és indivíduo

Nessa mente a extravasar

Fronteiras da humanidade

 

Que transforma em resíduo

Todas as formas de pensar

Que excluam a diversidade.

publicado por poetazarolho às 23:59 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 23.01.17

Convexo

Convexo.jpg

Palavra dita redita

Palavra sem côr

Palavra maldita

Palavra de amor

 

Palavra sem fome

Palavra sem nexo

Palavra não come!

Assento circunflexo

 

Assento sem mim

Assento complexo

Assento sem fim

 

Assento desconexo

Assento é assim

E o prato é convexo.

publicado por poetazarolho às 08:07 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Terça-feira, 17.01.17

Das guerras ou da paz

Das guerras ou da paz.jpg

Se a guerra conduz à paz

Fazei um mundo em guerra

Porque essa certeza no traz

Depressa a paz na terra

 

Não interessam diamantes

Nem jazidas de ouro negro

Nada será como dantes

Haverá paz e desapego

 

A riqueza a cavalgar

Será coisa do passado

Sem deixar reminiscência

 

Se o que estou a falar

Não produzir o resultado

Procurai a incongruência.

publicado por poetazarolho às 06:44 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 14.01.17

Ondas de choque

Ondas de choque.jpg

Pensamento consumado

Resultando numa acção

Pensamento assassinado

Quem o faz não tem perdão

 

Não permitas o assassínio

Deixa o pensamento fluir

Brotando desse desígnio

O que ele possa produzir

 

Nos arredores desse efeito

Serão muitos a aproveitar

Ondas de choque brutais

 

Não há um pensar perfeito

Imperfeito será não pensar

Morrer é não pensar mais.

publicado por poetazarolho às 18:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 13.01.17

Sentenças de nós

Sentenças.jpg

Se não fosse eu, seria tudo

Mas perdido a anos-luz

Aqui tão perto, contudo

Onde nada me seduz …

 

Tenho o discurso absorto

Já a pena não rodopia …

Acaso não estarei morto?

Não, pois senão, não via!

 

Procuro outra dimensão

Perdida num copo vazio

Onde não sinto presença

 

Tenho quase a sensação

De andar num corrupio

Até que chega a sentença.

publicado por poetazarolho às 00:20 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 11.01.17

Vozes cibernéticas

Vozes cibernéticas.jpg

São vozes dissonantes

Que ressoam ao luar

Criadoras de instantes

Sempre para baralhar

 

Laçam ruído intenso

Com razão desagregada

Seu impacto é imenso

E o seu produto é nada

 

E assim vai a criação

Dizimada pelo ruído

Com este ritmo frenético

 

Já nem sabem quem são

Deixam de lado o indivíduo

Vestem agora o cibernético.

publicado por poetazarolho às 22:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)

A banalidade do mal

A banalidade do mal.jpg

Não há pensamento perigoso

Que o perigo está no pensar

Mas serás um criminoso

Se o teu pensamento parar

 

A ausência de pensamento

Converte tudo em banal

E o excesso do momento

Conduz à banalidade do mal

 

Estando o mal banalizado

Tudo terá justificação

Por suposta necessidade

 

De ter o mal confinado

P’la determinante razão

Que determinou a maldade.

publicado por poetazarolho às 00:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 09.01.17

Busca

Busca.jpg

Fluindo p’lo universo

Tentando não dispersar

Neste ambiente diverso

Fogo, terra, água e ar

 

Se no fogo pode arder

Se na terra pode acalmar

Se da água pode beber

Se respirar desse ar

 

É nesta imensidão

Onde se projecta o ser

Que a certeza se projecta

 

Na busca duma razão

Sem a certeza de haver

Qualquer certeza concreta.

publicado por poetazarolho às 23:53 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 06.01.17

Esvoaçante

Esvoaçante.jpg

O sonho era tão antigo

Nunca o havia sonhado

Mas viera ter comigo

Como facto consumado

 

Estava aí de pedra e cal

Assumindo-se realidade

Era um sonho afinal

Mas de outro na verdade

 

Fez-se sonho esvoaçante

Não queria ser pertença

De alguém que o limitava

 

Tornou-se assim triunfante

Desdenhou a indiferença

Pertenceu a quem sonhava.

publicado por poetazarolho às 00:14 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 04.01.17

De la Mancha

De la mancha.jpg

Dulcineia e Rocinante

Sancho Pança bem nutrido

Entram assim de rompante

Neste filme bem concebido

 

E o Miguel de Cervantes

Que pr’aqui não é chamado

Carrega bem nos semblantes

Deste guião alucinado

 

Os moínhos sem ter culpa

Foram mortos à paulada

Nesta brilhante encenação

 

E não serve de desculpa

Já não servirem p’ra nada

De la Mancha teve intenção.

publicado por poetazarolho às 23:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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