Terça-feira, 17.07.18

Sete saias

Sete saias.jpg

“Dando uma folga à guitarra...”

Trovas de amigo cantando

Soltando a velha amarra

Seguimos sempre marchando

 

Que este povo é um barra

De marchinha se tratando

No Sto António esbarra

Sete virgens vão casando

 

Menina das sete saias

Cada uma, uma virtude

Do sítio da Nazaré

 

Ó São Pedro levantaias

Que o São João te ajude

E nós ficamos ao pé.

publicado por poetazarolho às 23:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sobretaxados

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“Não pergunte inutilmente...”

Senão paga sobretaxa

Siga lesto e em frente

Não seja dos que se agaxa

 

Só paga a triste gente

Que é feita de borracha

Contorce-se inutilmente

Afoga-se na maré baixa

 

Pobre povo tão inútil

Que só serve pra pagar

Mordomias ao burguês

 

Que esbanja no que é fútil

Pois não lhe custa ganhar

Donde trabalharam uns dez.

publicado por poetazarolho às 22:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Tintos e assuntos

Tintos e assuntos.jpg

“Tentando mudar de assunto,

Apesar de estar feliz...”

Amiúde me pergunto

Porque não vejo o nariz?

 

Não faz parte do conjunto?

Ou não sei aquilo que fiz?

Venha mais desse presunto

É o tinto quem o diz…

 

Na tasca do Ti Jacinto

Já ninguém se contradiz

Afogou-se a contradição

 

Em mil e um copos de tinto

Sobram os ossos da perdiz

E nem as côdeas do pão.

publicado por poetazarolho às 17:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Rumando

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“Eu vá mesmo à romaria

Beber um copo de vinho?”

Se algo me afligiria

Viria logo bem limpinho

 

Não sei é se seguiria

Assim todo direitinho

Mas quem de fora veria

Até gozava o pratinho

 

Entretanto vou rumar

Até mais nobre paragem

Deixando as uvas em paz

 

Já não sei onde vou dar

Pois o cérebro em paragem

De lembrar não é capaz.

publicado por poetazarolho às 13:38 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Rastejantes

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“Mas... se pudesse estaria!”

Vou bebendo uma cerveja

Vou chorando de alegria

Que a malta assim deseja

 

E a rir vou passando o dia

Pra que a mágoa não se veja,

Era assim que se escondia

O que da mágoa sobeja…

 

Por fim nada sobejou

Destes dias alucinantes

Pois a festa terminou

 

Voltou ao que era dantes

O universo relampejou…

Voltámos a ser rastejantes.

publicado por poetazarolho às 09:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Digam à malta

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Se faltar não vou sentir

Minha falta certamente

Digam à malta a sorrir

Não suporto a triste gente

 

Dando o dito por não dito

Eu por aqui vou ficando

Mas tristezas não permito

Digam à malta chorando

 

Que chorando de alegria

Tristezas vão afastando

Digam à malta pensando

 

Se vier triste o novo dia

Digam à malta gritando

Vão de alegria cantando.

publicado por poetazarolho às 02:48 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 10.07.18

Instantes

Instantes.jpg

Podemos sempre acreditar

Nesses anjos vigilantes

Cuja vida têm para dar

Abnegados e constantes

 

Não que se queiram matar

Pra se verem importantes

Mas é uma forma de estar

Pois a vida é de instantes

 

Formados numa cadeia

Que nos foi oferecida

Tendo por base o valor

 

Fruto do esforço da aldeia

Ao preparar-nos prá vida

Em micro instantes d’amor.

publicado por poetazarolho às 03:39 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 09.07.18

Na gruta

Na gruta.jpg

Aprendamos a meditar

Antes d'estarmos na gruta

Para se um dia ela chegar

Ser equilibrada a disputa

 

Aprendamos a confiar

No amor como batuta

Pra que floresça o pomar

Repleto da melhor fruta

 

Em tempos de incerteza

Em tempos de escuridão

Que a paz possa vencer

 

Impondo-se com firmeza

Ante a maior explosão

Que esteja pr'acontecer.

publicado por poetazarolho às 22:29 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Naturezas

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Dádiva da natureza

Tem uma visão imensa

Oferece a sua beleza

Sem esperar recompensa

 

Nunca partilha tristeza

Sabe que o amor compensa

Até mesmo na incerteza

Qualquer mérito dispensa

 

Já a natureza humana

Podia esta lei adoptar

Mas segue sendo diferente

 

Há no hálito que emana

O espírito de se apropriar

Do que nunca será da gente.

publicado por poetazarolho às 04:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 07.07.18

Filosofia de cordel

Filosofia de cordel.jpg

“Tempera as f’ridas c’o sal

Dos destemperos que cria!”

Se distingue o bem do mal

Pra não entrar em agonia

 

Mas se o bem é essencial

Dilui-se no dia a dia

Já o oposto é fulcral

Pra criar aquilo que cria

 

Uma estranha sensação

De descontrolo emocional

Ao pisar esta realidade

 

Alternativas onde estão?

Estão em rasgar o jornal

Fazendo apelo à filosofia.

publicado por poetazarolho às 12:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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