Segunda-feira, 31.12.18

Universal bom ano

Universal bom ano.jpg

Um universal bom ano

Daqui para o universo

E em Roma sê romano

Citei no anterior verso

 

No universo sê humano

Nunca de modo disperso

Em Esparta sê espartano

Não tentes ser o inverso

 

Sê tudo isso e muito mais

Mas sê apenas verdade

Não opaca, transparente

 

Deixa transparecer sinais

Chama acesa sem vaidade

Ilumina e segue em frente.

publicado por poetazarolho às 23:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Domingo, 30.12.18

Pobre inteligência

Pobre inteligência.jpg

Preciso dum mundo são

Marquei-lhe uma terapia

Tive esse mundo na mão

Como há muito não o via

 

No processo de decisão

Já não sei se decidiria

Decidindo ou talvez não

Num mundo em dicotomia

 

Onde a história da estupidez

Não merece ser estudada

Menos ainda a inteligência

 

Pois tão artificial se fez

De estúpida foi classificada

Aos olhos da própria ciência.

publicado por poetazarolho às 21:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 27.12.18

Existência vazia

Existência vazia.jpg

Esqueci-me de existir

Além existência não vejo

Mas não posso resistir

Pois na alma me revejo

 

Se o espelho não partir

Posso formular um desejo

Existência vinda a seguir

Que não seja um lampejo

 

Seja plena de sabedoria

Vazia de poder e certeza

Ou então não seja um eu

 

Seja uma existência vazia

Vazia  com tanta firmeza

Que tod’o espaço preencheu.

publicado por poetazarolho às 23:56 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 24.12.18

Em jejum

Em jejum.jpg

Vivo muito por segundo

E a cada pedaço de mim

Descubro um novo mundo

O que querem? Sou assim

 

Sou no íntimo, fecundo

Prisioneiro dum frenesim

Com discurso lá no fundo

Sou o eco dum chinfrim

 

Vou daqui pra todo o lado

Triste destino encantado

Sem chegar a lado nenhum

 

Sinto-me em cada bocado

Novo destino encontrado

Se de mim faço jejum.

publicado por poetazarolho às 14:27 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 18.12.18

Estradas universais

Estradas universais.jpg

Vida em mim não manda

E a morte também não

Porque a minha alma anda

Nas asas de um furacão

 

O cérebro em debanda

Já não sente o coração

Horizonte numa ciranda

Não vislumbra a solução

 

Prá vida foi encontrada

Receita num entreposto

Nos confins do universo

 

Falta construir a estrada

Que nos levará ao suposto

Pote de ouro, neste verso.

 

publicado por poetazarolho às 11:07 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 12.12.18

Ao vento

Ao vento II.jpg

Estou aqui neste momento

Sem existência confirmada

Destinado ao sofrimento

Nas asas duma balada

 

Não me ocorre pensamento

Há muito que deu em nada

Sinto grande esvaziamento

Desta alma quase penada

 

Sem penas não me assumo

Que assunção seria vida

Não pertence ao sentimento

 

Deste vazio que presumo

Se preencha em seguida

Com pena lançada ao vento.

publicado por poetazarolho às 23:04 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 11.12.18

Inexistência

Inexistência II.jpg

Sonho nunca sonhado

Fizera nascer a poesia

Que este ser quadrado

Rapidamente assassinaria

 

O verso assim esventrado

Muito assustado corria

Quem sabe ensanguentado

Sem se dar conta morria

 

Aqui jaz verso perdido

De má vida romanceada

Como se fosse o artista

 

Morreu antes de ter sido

A obra nunca sonhada

Na existência imprevista.

publicado por poetazarolho às 23:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sexta-feira, 07.12.18

Hino póstumo

Hino póstumo.jpg

“Mas nenhum com solução”

Dentre aquelas conhecidas

Novas sempre arribarão

Serão logo distorcidas

 

Um dia nascerá a razão

Após as razões sofridas

Logo a desautorizarão

Criando robustas medidas

 

E o meu povo travestido

De lindo colete amarelo

Muitas vielas incendiará

 

Nunca nada estará perdido

Hino póstumo será belo

Aqui jaz quem não está cá.

publicado por poetazarolho às 21:41 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Vacuidade

Vacuidade.jpg

O outro lado de tudo

Esvaziou a actualidade

Nada de mais pontiagudo

Que a presente vacuidade

 

Onde se vê sobretudo

Nada, a grande verdade

Podes ser tu o sortudo

Que existe na realidade

 

Trilhas um futuro agora

Com a tua capacidade

E os demais são incluídos

 

Mas se não é esta a hora

Não espalhes essa ansiedade

Já que os outros estão perdidos.

 

 

publicado por poetazarolho às 15:34 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 03.12.18

Às vezes

Às vezes.jpg

Às vezes continuo

Outras vezes não

Será porque amuo?

Ou será da continuação?

 

Com avanço e recuo

Constrói-se civilização

Tantas vezes futuro

Tantas vezes regressão

 

Nada nunca é perfeito

Mas feito de imperfeição

Impere sempre respeito

 

Se falta a compreensão

Onde nada é defeito

Tudo pode ser solução.

publicado por poetazarolho às 09:37 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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