Abstracto poema
Azul a primeira pincelada
Seguido de rima perversa
Não procura mostrar nada
Tão pouco se o lês à pressa
Dou-lhe retoque de amarelo
Atiro-lhe amorfas palavras
Surge tão feio, quanto belo
Se o lesses lento gostavas?
Uma mancha disforme cresce
Uma ideia tenta transformar
Olho não vejo, leio com afinco
Uma ideia surge, não floresce
Algo de novo está a chegar?
Não sei, venham mais cinco.