Chovem pérolas
“E são muitas, essas vozes”
Que atingem às vezes o céu
E o céu atira-lhes nozes
Mas o burro não sou eu
São talvez os algozes
Porque o burro já morreu
Os porcos correm velozes
Não sei bem o que lhes deu
Talvez sejam mais iguais
Com as pérolas enfeitados
Que muita da porcaria
Talvez nem sejam animais
Pois porcos engalanados
Sempre enganam a maioria.