Densos nevoeiros
Do lado errado da noite
Já eu fiz uma caminhada
Não que agora me afoite
A copiar essa passada
Esse lado da existência
Esmaga-nos a compreensão
Não sei se será demência
Mas é total a distorção
Alma grita por socorro
E o corpo não lhe dá voz
A loucura vem primeiro
Ou me matam ou eu morro
E neste sofrimento atroz
A saída é por um bueiro.