Poeta Zarolho

Este poema é um convite à desistência? Nunca se deve desistir. De nada! Há quem na generalidade o afirme. Desistir? Nunca! Eu concordo, devo confessar. Desistir não é caminho. Quem está incomodado, que não dê atenção a esses desistentes (com auras de destruição). E não são só esses que incomodam. Antes que me quero com esses que com os outros que estão sempre a sorrir e é tudo cor de rosa e às flores. Nunca foram infelizes na vida. Ao menos sabemos o que esperar dos mais cinzentos, dos outros nunca. Afivelam uma máscara e nada a desatarraxa! Mas se calhar estou errada, também assumo já não sei. Já tive muita vontade de desistir confesso. Em muitas coisas e fases da minha vida, mas lá me reergo e prossigo. Acho que deve ser este o nosso caminho aqui. Nascemos para morrer é certo, mas no entretanto há tanto que devemos aceitar e ir ultrapassando até lá chegar! Desculpe se fui incorrecta na minha visão não o pretendi. Obrigada pela sua amizade e companhia e visita no blog. Tudo de bom para si e os seus. Uma excelente noite e um bom domingo.

Eu creio acima de tudo que não existem visões incorrectas, existem sobretudo pontos de partida, ou pelo menos se pensarmos assim nunca nada está fechado, o que corresponde à realidade, pois o que se sabe daquilo que existe para saber é nada.

Com este versar todo
tenho uma Praia aqui ao pé do Prédio

maremoto de tempos e assimetrias ...

Viva a Liberdade Poeta

Em tempos assimétricos
Maremotos de liberdade
Complementos poéticos
Inundou-se essa cidade

São dilúvios proféticos
Duma falsa honestidade
Com benefícios patéticos
Em jeito de caridade

Não tentemos explicar
Se o sabemos inexplicável
Estes tempos são p'ra ficar

Como solução recomendável
Devemos aprender a nadar
Na realidade indesejável.

Quem?

Ao que impõe destruição,
Recomendo a desistência;
Não tem determinação,
Tem é falta de consciência,

Mas se é genético, ou não,
Não lhe sei dizer... paciência...
Se um herói passa a vilão,
Quem lhe adivinha essa essência?

Porém, ao que faz tenção
De espalhar, com inocência,
Toda a sua inspiração,

Direi que ganha em paciência,
Pois nunca trabalha em vão,
Nem traduz impertinência...

Mª João

O meu abraço grande, Poeta!

NÃO ESQUECI!

Desse Abril, não me esqueci,
Nem jamais me esquecerei,
Pois foi nel`que renasci
Mal nel`me reencontrei

Nesse Abril me desprendi
E foi ness`Abril que achei
Quanto abraço eu dividi,
Quanto passo antes não dei...

Se jamais me irei esquecer
Dess`Abril, tão prometido,
Do que sonho reviver,

Como posso ter esquecido
Ess`Abril que, ao suceder,
Deixou Portugal florido?


Maria João


Este seu Sonetilho não apareceu na minha caixa de correio, amigo Eduardo! Descobri-o por mero acaso, depois de ver o aviso do Poeta Zarolho sobre a publicação do Chá.
Ocorreu-me, no entanto, esta resposta