Poeta Zarolho

Um dó de alma completo a fome! A necessidade. E a absoluta e incontrolada revolta! Pela indignidade o desprezo e desrespeito como que estamos todos a ser tratados. Quem mais trabalho neste país está a ficar à míngua. Não há saúde, justiça, justiça social não há nada! E tudo se cala. É atroz! Deixa-me doente. Desculpe o meu inflamar mas tudo isto contraria-me. Ninguém fazer nada! Tudo continuar igual e ainda falarem em celebrar Abril... Para quê? O que se vai celebrar? Uma morte lenta? Peço perdão por ter comentado assim mas é o que sinto. Bem haja por mais um excelente e verdadeiro poema. Uma boa noite!

EM NOME DOS POETAS E DOS CRAVOS

Poeta também tem "garra"
Pois, se um poema acontece,
Todo o bom poeta escarra
Sobre alguém que bem merece!

No meio desta algazarra
Das paixões que bem conhece,
Há sempre alguém que se agarra,
Que diz NÃO!, que não perece,

E quando os netos voltarem,
Quando as massas acordarem,
Quando a revolta surgir

Tudo quanto, então, sonharem
Lhes virá daquel`s que ousarem,
Pelos cravos, resistir!


Maria João