Novos mercados
Bebem café, lêem o jornal
Sentem escapar os minutos
Produzem o trabalho braçal
P’ra uns tantos mais astutos
Neste interregno matinal
Aguardam naus motorizadas
Que navegam no temporal
Novos mares ditos estradas
No meio do burburinho
Ouve-se um silêncio atroz
Que trespassa esses bravos
Vemo-los partir de mansinho
De local moderno entre nós
O novo mercado d’escravos.