Sem saber
Eu que escrevo sem saber
Já nem sei porque escrevo
Talvez seja p’ra não me perder
Ou estar perdido e não devo
Perdido numa selva imensa
De rimas, vogais, consoantes
Atacado de forma intensa
Por estes sons dissonantes
E por não saber escrever
É que impera a dissonância
Em palavras por mim coladas
Mas já não quero aprender
Fico p’la minha irrelevância
Entre rimas assim baralhadas.