Somos instantes
Não quero mais do que quero
Não posso mais do que posso
Por não poder não desespero
Por não querer não destroço
Tudo é vida e tudo é morte
São os mundos paralelos
Joga-se ao azar e à sorte
Lembram-nos ao esquecê-los
Neste sopro que é a vida
E onde parecemos girar
Em torno de leis inconstantes
Nada está ganho à partida
Nem tão pouco ao chegar
Ou sequer nos breves instantes.